Comprar um carro ou um jegue?
Engraçado como são as coisas, esse artigo foi escrito a quase 10 anos atrás, e nunca cheguei a publicar, hoje procurando uns arquivos o encontrei, será que ainda está atual?
Com as facilidades do mundo globalizado é bem fácil notar que a moeda corrente esta mais forte do que nunca e o poder de compra nunca esteve tão forte, a alguns anos atrás não era bem assim, para se comprar um carro era necessário ter um bom salário, ter um emprego sólido, não estar devendo, ter boas referências locais, enfim era mais fácil não comprar um carro.
Assim se proliferaram os veículos de tração animal sendo mais fáceis de adquirir e sair montado, pois ao contrário do carro não era necessário grande manutenção , era silencioso (quando o jegue não estava zangado) e nem precisa encher o tanque com gasolina ou qualquer outro derivado ( não entrado no mérito dos valores dos combustíveis , dos quais tenho até medo de estampa-los), bastando separar um pouco de capim e de água, e ainda por cima possuía várias vantagens pois o elemento poluente emitido por sua “descarga” era considerado um adubo natural, isto é, não poluia o meio ambiente, não precisava pagar IPVA e nem emplacar, por esse fato o número de carroças possuía uma frota bastante elevada, tendo a prefeitura que cadastrar esses “veículos” e seus condutores, dando treinamentos para não haver congestionamento no trânsito.
Pois bem com o passar dos anos as coisas mudaram a economia mudou e o crédito foi liberado pra quase todo mundo, porém também mudaram os valores e os costumes e com essas mudanças nasceram as “concessionárias” que se espalharam aos quatro cantos, vendendo carro como quem vende água e a frota de carro começou a aumentar cada vez mais, já que as ludibriavam até os mais descrentes com ofertas fantásticas que a cada dia mudavam mais, era sem entrada, sem juros, sem renda comprovada, sem parcela fixa, com parcela fixa, enfim pra todos os gostos e bolsos.
E como acontece com toda demanda excessiva decorrente dessa explosão no mercado consumidor de automóveis foi necessário ter mais colaboradores para suprir essa demanda, mas e quanto a preparação dos mesmos, bem precisava-se de rapidez nos processo, então partiu-se para a escola mais utilizada “ é errando que se aprende” cada vez mais os profissionais foram seguindo esses exemplos nada ortodoxos diminuído a cada dia a conduto ética e profissional.
Pois quando você chega em uma dessas “concessionárias” mais especificamente a do hipopótamo é tratado como um rei, são oferecidos acessórios, brindes, garantias entrega imediata e tudo mais, depois da proposta feita chega o momento do cadastro ser aprovado que normalmente isso leva em torno de um dia da aprovação até a compensação de desses valores pelo banco e se você resolver dar uma entrada para diminuir essa carga de juros, é recomendado que você faça o quanto antes para garantir uma entrega rápida e imediata.
Daí inicia-se o suplício, o que era uma semana virá um mês, tendendo a se prolongar a cada dia que passa, fora o festival de erros , que vão desde “ o código do carro foi cadastrado errado mais não se preocupe que seu carro vai vir no próximo pedido que saíra daqui a cinco dias, até “ entenda ele é apenas um estagiário”Você se cansa e resolve estourar, mais ai você é barrado em um simples detalhe, aonde foi escrito que o carro seria entrega em uma data especifica? Sendo até então tudo um contrato verbal, que são quebrados a todo instante, porque ao que parece para eles a palavra não importa e sim aquilo que esta escrito.
Por isso se você esta pensando em comprar um carro, peça para ser colocado tudo no papel, mais especificamente em um contrato.
Pois se não o fizer , o que irá acontecer é que lembra aquele jegue do começo da historia é ele que ficará atrás do volante, ou apenas lendo esse artigo esperando o seu tão sonhado carro.
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