O desenvolvimento do Rito Adonhiramita no Brasil (PARTE FINAL)
Dia 3 da Série: O Diário de Adonhiram
Meus amados irmãos,
Continuando nossa reflexão sobre a história do Rito Adonhiramita, compartilho com vocês a terceira parte do desenvolvimento da Maçonaria Adonhiramita no Brasil. Esta narrativa é rica em detalhes que mostram o esforço de nossos antecessores para consolidar e expandir o Rito em solo brasileiro, enfrentando desafios e promovendo a tradição.
Consolidação do Rito Adonhiramita no Brasil
Após os esforços iniciais para introduzir e disseminar o Rito Adonhiramita, o período de consolidação foi marcado pela estruturação de suas práticas e pela formação de uma identidade própria dentro da Maçonaria brasileira. O reconhecimento formal do rito, a tradução dos rituais e a criação de instituições-chave ajudaram a moldar o caminho para o que viríamos a conhecer como o legado Adonhiramita.
Tradução e Impressão dos Rituais
Os primeiros rituais do Rito Adonhiramita no Brasil foram traduzidos oficialmente em 1833, e sua impressão foi autorizada em 1836, com a publicação realizada pela Tipografia Astral. Esta iniciativa não apenas facilitou o acesso aos ensinamentos do rito, mas também reforçou sua legitimidade e padronização em âmbito nacional.
A Fundação da Oficina Chefe e o Grande Colégio dos Ritos Azuis
Dentro do Grande Oriente do Brasil (GOB), fundado em 1831 por José Bonifácio, o Rito Adonhiramita encontrou espaço para crescer. Em 1839, foi instituído o "Grande Colégio dos Ritos Azuis", englobando o Rito Moderno e o Adonhiramita, que passou a atuar ao lado de outros ritos importantes da época, como o REAA (Rito Escocês Antigo e Aceito).
Ainda nesse período, surgiram lojas importantes que impulsionaram o rito, como a "Sabedoria e Beneficência", em Niterói, e a "Firmeza e União". Essas oficinas desempenharam um papel crucial no fortalecimento do Rito Adonhiramita, promovendo suas práticas e atraindo novos obreiros para suas colunas.
Transformações e Novos Desafios
Em 1854, com a integração formal do REAA ao GOB, o "Grande Colégio dos Ritos Azuis" passou por mudanças significativas, sendo reestruturado como o "Sublime Grande Capítulo dos Ritos Azuis". Este capítulo visava unificar os ritos Adonhiramita e Moderno em uma estrutura coesa, que funcionasse paralelamente ao Supremo Conselho do REAA. Contudo, sua existência foi breve, refletindo as dificuldades de alinhar tradições distintas dentro de um único sistema administrativo.
A Relevância do Rito Hoje
O legado deixado pelos irmãos que atuaram nesse período de consolidação permanece vivo. Cada esforço para traduzir, adaptar e organizar o Rito Adonhiramita em meio às adversidades foi fundamental para sua perpetuação no Brasil. Hoje, o Rito continua a ser uma expressão vibrante dos valores maçônicos, preservando sua história e contribuindo para o engrandecimento de nossa Ordem.
Meus amados irmãos, com este relato encerramos a jornada sobre o desenvolvimento do Rito Adonhiramita no Brasil. Que estas reflexões inspirem a todos nós a continuar honrando e fortalecendo nossa tradição.
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